ÚNICA N. 1597 07 Junho 2003

Profissão: gigolô

Eles, os gigolôs, cedem favores sexuais a troco de dinheiro. Elas, as clientes, satisfazem fantasias. A gerir este negócio estão as agências de acompanhantes.

Texto de Bernardo Mendonça e Katya Delimbeuf
Fotografias de Ana Baião

O fenómeno é recente e importado dos EUA. As agências de acompanhantes chegaram ao universo da prostituição masculina em Portugal. Com a promessa de maior segurança, higiene e «qualidade», estes bordéis de luxo estão no topo do mercado sexual para mulheres. São empresas especializadas que agrupam no seu portfólio rapazes de todos os estilos, raças e corpos. Basta folhear a secção de classificados dos jornais ou digitar as palavras «escort boys» num qualquer motor de busca na Internet para dar de caras com agências que «alugam» rapazes à hora ou por uma noite, que pode estender-se até dez horas. Para favores sexuais ou simples adorno em festas.
Os nomes são sugestivos. Clube dos Garanhões, Carnavalia ou TopElite: são alguns dos «sites» onde piscam imagens de homens seminus a exibir corpos musculados em poses eróticas, estereotipadas ou francamente pornográficas. Uns de livre acesso, outros pagos. Clicando em cima de cada uma das imagens, abrem-se páginas com fotos dos «modelos» - quase sempre de cara distorcida - e com todo o tipo de informações. Do nome, idade, peso e altura até ao tamanho e diâmetro do pénis; se têm local próprio ou se se deslocam ao domicílio; se se envolvem só com mulheres ou também com homens ou casais. As tarifas cifram-se entre os 50 e os 200 euros.
Na «homepage» do Clube dos Garanhões, no Norte de Portugal, pode ler-se a seguinte nota: «Este ‘site’ destina-se somente a mulheres. Conseguimos escolher o homem para todos as ocasiões. Desde momentos só de prazer, para companhia ou até para relações duradouras. Está na hora de ter realmente prazer». O crescente sucesso destas empresas parece ser uma consequência directa da emancipação feminina. Depois do fenómeno das despedidas de solteiras ter apimentado o imaginário feminino com espectáculos de «striptease», a noção de «homem objecto» estende-se agora ao acto sexual completo.
Para os que viram o filme American Gigolo, em 1980, é impossível não associar a palavra gigolô à personagem que catapultou Richard Gere para a fama. O filme é uma versão romanceada do mundo da prostituição masculina, com bons carros, bons hotéis e boa roupa. Embora no dicionário a definição de gigolô seja a de proxeneta, e não de prostituto, no mundo real a palavra está largamente associada à personagem que dá prazer às mulheres a troco de dinheiro - como a conhecida figura algarvia Zezé Camarinha. Gigolôs, prostitutos ou «escort-boys»: diferentes designações para a mesma actividade.


APARTAMENTO NO ROSSIO

Na secção de classificados de um jornal diário da imprensa nacional, prometiam-se: «Rapazes... Novidades... semanais... 18, escultural, completíssimo... 22, mulato, versátil... 24, musculado, activíssimo... 26, mulatão, dotadíssimo... ‘show gay’... Apartamento espectacular... Rossio... Deslocações... English... Français». E um número de telefone.
Quarta-feira. Do outro lado da linha, uma voz masculina explica as regras da casa. Só se aceitam marcações uma hora antes do encontro - o negócio é gerido ao sabor dos entusiasmos do momento. Pode optar-se pelo sistema de «consumo imediato», no local, ou usar a modalidade do «take away», com as despesas de táxi adicionadas ao preço base. Uma hora são 100 euros. Mais deslocação, caso não se queira ficar no tal «apartamento espectacular do Rossio». Não há encontros em locais públicos, «por causa das partidas de mau gosto, que fazem perder tempo e horas de trabalho aos rapazes». Para o caso do local escolhido ser um hotel, é necessário deixar o número de telefone e o do quarto.
Sexta-feira. Dia do encontro. Pedimos um típico macho ariano: louro, olhos azuis, de preferência com 1,80 m. Explicam-nos que por causa do feriado alguns rapazes foram de fim-de-semana, em trabalho. Restam um mulato de 26 anos e um moreno de 24. Optamos pelo último, que traz anexado na ficha um curso de piloto em Tires. Um gigolô aviador... Para vivermos o percurso de uma cliente normal, a jornalista faz-se passar pela interessada. Depois de assumida a reportagem, o outro jornalista juntar-se-á à conversa.
17h30, a «cliente» chega ao Rossio. Volta a ligar, tal como combinado. Desta vez, atende uma mulher. Diz o número da porta e do andar e pede para subirmos e vermos se a mercadoria nos agrada. Batemos à porta. Surge uma senhora, dos seus 60 anos. De vestes sóbrias, é educada e simpática - não corresponde nada ao tipo de pessoa que se espera encontrar ali. Encaminha-nos para uma sala pequena, ao fundo do corredor, e pede-nos para esperar. A situação é desconfortável, sobretudo pela sensação de insegurança e vulnerabilidade. A sala é pequena, com algo no tecto que parece uma câmara de filmar. Minutos depois, somos encaminhados para o quarto ao lado, um espaço exíguo, com uma cama, um espelho a forrar uma das paredes - fetiche típico destes cenários de encontros - e um chuveiro espaçoso. Há ainda uma ventoinha, um caixote do lixo pequeno e um pratinho de aparas decorativas com cheiro a morango. Os elementos estritamente necessários para as funções ali desempenhadas.


MARCELO, O NOVATO

Entra finalmente a «mercadoria». Um moreno encorpado, 1,70 m, sotaque brasileiro e apresentação ensaiada: «Olá, eu sou o Marcelo, tenho 24 anos, sou de Belo Horizonte e estou a tirar o curso de piloto em Tires». A fisionomia é vulgar. A senhora volta para receber o dinheiro: «Então, agradou-lhe?» A sensação é a mesma de estar no talho a escolher uma peça de carne. Procede-se à transacção. Cem euros em troca de uma hora. Somos informados em relação ao «tempo de consumo». «Começa a contar a partir do momento em que chegarem ao hotel».
Marcelo está em Portugal há dois anos, mas neste negócio só anda há uma semana. Apesar disso, já teve oito serviços. Aprendeu depressa a canção do bom gigolô. Vem com uma rosa vermelha na mão e uma lata de leite condensado no bolso. «Costumo também usar chocolate líquido, nos preliminares», informa. Apressa-se a dizer que só está no mercado do sexo temporariamente, por se encontrar numa situação difícil. Até porque, diz, «chamando as coisas pelo nome, isto é prostituição». Quer manter «as aulas de aviação». O seu sonho é ser piloto de longo curso, garante.
Foi através de um amigo que conheceu o patrão, uma espécie de proxeneta que gere os encontros dos rapazes da agência. O regime é quase de escravatura. Os jovens têm de estar «ao serviço» das 11h da manhã às duas da madrugada, à espera dos telefonemas dos clientes. Pausas, só de meia hora, para almoço e jantar. Estão incomunicáveis, pois os telemóveis são retidos durante todo o dia. «Não podemos atender chamadas pessoais», confessa Marcelo. Uma regra estabelecida para evitar a marcação de serviços fora da agência. Mas o brasileiro confidencia-nos que tem sempre consigo escondido um segundo telemóvel.
Para integrarem a equipa, os rapazes, entre os 18 e os 26 anos, têm de se submeter a provas de selecção, numa inspecção minuciosa a todas as partes do corpo. O patrão manda-os despirem-se e a seguir pede-lhes que se deitem na cama. Enquanto isso, passa um vídeo pornográfico. «Quando estiveres activo, avisa». Altura para tirar as medidas ao pénis (comprimento, diâmetro) e examinar a glande. Segue-se uma análise pormenorizada do corpo. Tudo é verificado: se têm cicatrizes ou tatuagens (não se aceitam pessoas tatuadas). O proxeneta inspecciona-lhes ainda os pés - se estão limpos, se as unhas estão cortadas - e os dentes.
Uma estratégia curiosa do patrão é alinhar todos os rapazes da agência, em jeito de montra, sempre que aparece um cliente - mesmo que este seja homossexual e o jovem escolhido não. «O que interessa é fazer número», conta Marcelo. Um dos seus colegas é casado. Diz à mulher que trabalha num hotel e num restaurante.
Nos oito serviços da semana em que se estreou, «só a mulheres», Marcelo ganhou 400 euros. Cobra 100 à hora, mas metade vai para a agência. Tem uma táctica para não ser barrado nas recepções dos hotéis. «Finjo que falo ao telemóvel até chegar ao elevador», o que dá um ar descontraído e insuspeito. Para se aperfeiçoar nas artes da alcova, inspirou-se nas conversas no mundo da Internet. «Abre muito a mente», assegura.


CLIENTES DOS 23 AOS 50 ANOS

As clientes não obedecem a um perfil-tipo, nem tão pouco ao estereótipo da mulher de meia-idade, feia e mal de amores. «Há de tudo». Desde jovens de 23 anos a mulheres de 50. Há também procura por parte de casais, em que o marido é apenas observador não participante - o típico «voyeur».
O brasileiro confessa: é muito cansativo dar o corpo ao manifesto. Mas, como bom profissional, defende ter a obrigação de «as satisfazer». «Elas têm que soltar um ‘Ai, graças a Deus!’ no final». Devem sentir-se como rainhas...»
Marcelo gosta de começar por uma massagem relaxante, para as pôr mais à vontade. «Assim, a situação deixa de ser tão desconfortável». Só há uma coisa que ele não faz: beijar na boca... Quando se depara com clientes menos atraentes, procura defender-se, levando-as a práticas que o excitem, como sexo oral. «Eu peço de forma carinhosa...» Mas sempre de modo a que elas sintam que são as próprias a pedir.
Apesar da curta experiência, Marcelo já tem histórias insólitas para contar: como o caso de um casal italiano que lhe pagou 500 euros para que estivesse com eles durante uma noite, a dançar. Ou da rapariga que, mal entrou no quarto, se deitou na cama aos brados de «eu sou a tua escrava...»
Sem saber a quantidade de serviços que tem por dia, Marcelo usa artifícios para se «poupar». «A maioria das vezes tento não ejacular, a não ser que ela peça». Simula que atinge o clímax, e sem que ela se aperceba, tira o preservativo, para não denunciar o truque. Outras vezes nem chega à penetração. Quem disse que só as mulheres sabem fingir orgasmos?


ALEX, O «SUPER STRIPPER

«TopElite, boa tarde», atende uma voz feminina, em tom de perfeita normalidade, com leve sotaque nortenho. No «site» da agência, ilustrado com fotos, garante-se: Alex é «o super ‘stripper’ masculino que as mulheres adoram». Cobra 200 euros à hora ou 500 por uma noite, que pode durar entre quatro e dez horas. Marcamos o encontro: sexta-feira, às 15h, numa pensão perto da Avenida dos Aliados, no Porto. Negócio fechado.
Chegamos com 45 minutos de atraso, à conta das obras da cidade. Alex espera, sentado numa cadeira em frente à recepcionista. É moreno, cabelo curto alisado com gel, lábios grossos. Tem 1,72 m, é entroncado e não particularmente bonito. Vem de calças de ganga e «t-shirt» muito justa, sob a qual os músculos dos braços e do peito parecem querer rebentar. Por baixo da manga direita despontam os pés de uma mulher nua, tatuada a verde. Usa dois brincos na orelha direita. Não é difícil tirar-lhe a pinta.
Tem 32 anos e é natural de uma aldeia da Bahia. Está em Portugal há três anos, na agência há um. Leva duas vidas: é gerente de uma loja de telemóveis durante o dia, «stripper» e «escort» nas horas vagas. Junta assim aos 700 euros mensais cerca de 300. No Porto há uma procura feminina muito inferior à de Lisboa.
Foi no Brasil que se estreou como «stripper» «e, muitas vezes, rolavam coisas nos ‘privados’».Veio para Portugal através de um amigo, engrossar as fileiras do clube nocturno Passerelle, na capital. Quando os patrões decidiram «rodar os ‘meninos’, para que houvesse sempre caras novas», Alex mudou-se para o Porto. E ficou. Quer voltar para o seu país, só não sabe quando.


«É PRECISO GOSTAR»

O corpo trabalhado, deve-o a anos de práticas desportivas: foi campeão de «fisiculturismo», professor de «kung-fu». Hoje, para manter a boa forma, vai ao ginásio quatro vezes por semana, fazer musculação e capoeira. Alex transpira sexo. E isso vê-se, na forma como se mexe, no modo como olha e fala. Confessa que dificilmente consegue olhar para o seu «ofício» como um trabalho - afinal, corre por gosto... Resume tudo na seguinte frase: «Uma pessoa não acorda um dia e decide: ‘vou virar profissional do sexo’... É preciso gostar!»
Passados 15 minutos de conversa, decidimos arriscar. Identificamo-nos como jornalistas, asseguramos que não precisa de dar a cara nem o nome. Propomos passar uma hora com ele, ao preço cobrado habitualmente, para o entrevistar e tirar algumas fotografias. Entramos no hotel e pedimos um quarto. Muito profissional, Alex olha para o relógio, e faz a conta: «16h30... Às 17h30, acabamos». E começa a despir-se. Visto de perto, nota-se que rapa os pêlos do peito e da barriga e que tem alguns cabelos brancos que disfarça com tinta.
Alex posa para a câmara com uma naturalidade e sensualidade inatas. Excita-se várias vezes ao longo da sessão. Aliás, admitirá mais tarde: «Excito-me muito facilmente. É só chegar perto de uma mulher. Às vezes, quando estou um dia inteiro atrás do balcão a vê-las passar, chego à noite e não consigo dormir». Tal como Marcelo, só faz serviços com mulheres e com casais - «Homens é que nunca».
Perguntamos-lhe qual o perfil mais comum das clientes, os pedidos mais frequentes, as suas próprias preferências. Alex fala abertamente: a mulher portuguesa é tradicionalmente acanhada, mas depois solta-se. «Por exemplo, nos ‘shows’ de ‘strip’, aqui no Porto, nota-se que há mulheres que têm vontade de se meterem, mas depois não o fazem por causa das amigas, do que podem dizer. Em Lisboa já é menos assim».
Quando estão com ele, assegura, as mulheres pedem coisas ousadas. A escolha mais frequente é sexo anal, que não fazem com os namorados. Outro exemplo são os vibradores. «Muitas não pedem, mas eu tenho um, e quando pergunto se não querem brincar e digo que não vão se machucar, elas gostam». Conta o episódio de um casal de noivos que requisitou os seus serviços. O futuro marido decidiu oferecer à namorada um encontro com um gigolô, como despedida de solteira, enquanto ele assistia. «Era um casal de ‘swingers’, que já tinha o hábito de fazer trocas de casais. Eram novos - ele tinha 32 e ela 27 -, gente com grana...»


«GOSTO DE DONAS DE CASA»

Alex tem a postura de um Don Juan. Assume com orgulho os seus 19,5 cm «em esplendor», o facto de ter um instrumento de trabalho «mais grosso» que o habitual - de tal modo que «não cabe em qualquer preservativo». Garante que usa sempre «camisinha», apesar de, como dizem os amigos, «ter o hábito de pôr a boca em todo o lado». Adora sexo oral. Confessa até gostar de algumas práticas mais «hardcore»: «chuva dourada (urinar em cima do parceiro) na cara, na boca, dependendo do grau de excitação.»
O seu sonho erótico é «estar com cinco mulheres ao mesmo tempo». Talvez por isso não tem namorada, porque, diz, cansa-se de andar muito tempo com a mesma mulher. E garante que o seu tipo de mulher não é «a modelinho magrinha, lourinha, que se vê na discoteca. No fundo», confessa, «eu gosto da mulher vulgar, estilo dona de casa».
Certo é que, apesar de ser um mercado mais pequeno e menos lucrativo do que a prostituição procurada por homens, os serviços para mulheres estão em ascensão. Desengane-se quem acha que a crise bate a todas as portas. Não há recessão na indústria do sexo.

 

JSD quer legalizar prostituição

«A posição da JSD aproximou-se sempre da via da legalização», explica Jorge Nuno Sá, presidente da Juventude Social Democrata. «Por vários motivos. Primeiro, porque a prostituição existe. Segundo, porque há problemas associados». As principais preocupações da única «jota» que defende esta posição sem ambiguidades relacionam-se com «a protecção social dos prostitutos e prostitutas e com a sua protecção física - sobretudo por motivos de saúde pública».
Nuno Sá admite, no entanto, que a legalização não venha a ser a posição adoptada pela sociedade civil. Daí a necessidade de haver um «debate público». Ao contrário de instituições como a associação Ninho, que presta apoio a dezenas de prostitutas e é assumidamente contra a legalização, a JSD acredita que «a prostituição é legalizável, em teoria». Até porque, assegura Nuno Sá, «há quem se prostitua por opção e não apenas por necessidade. Nomeadamente na prostituição de luxo e no segmento universitário».
Apesar da posição da Jota ser pró-legalização, Nuno Sá não acredita que o caminho seja o do «Bairro Vermelho» de Amsterdão, onde as prostitutas estão legalizadas, pagam impostos e têm até um poderoso sindicato. O presidente considera que a ideia pode ser um primeiro passo contra a discriminação. Quanto às agências de «acompanhantes», pensa que o seu sucesso resulta da maior segurança que os clientes sentem.

 

Gigolôs são reflexo da «modernidade feminina»

«Embora menos garrida e detectável, a prostituição masculina existe provavelmente em maior quantidade do que a feminina». Quem o diz é o investigador criminal José Martins Barra da Costa, baseando-se no estudo que desenvolveu para o seu livro Prostituição 2001 - O Masculino e o Feminino de Rua. Adianta: já existem nas grandes metrópoles «pensões e hotéis a viver à custa dos prostitutos». Alguns iniciam-se na actividade pela via da rua, no mercado homossexual. Ascendem, depois, ao estatuto de gigolôs agenciados. «A entrada na via feminina ou heterossexual conduz à consequente saída da rua», diz o especialista.
Tem uma explicação fundamentada para a novidade das agências de rapazes. Aponta a entrada do «strip-tease» masculino em Portugal - com clubes privados criados para o efeito - como um tímido início da «escalada evolutiva em matéria de abertura, liberdade e escolha sexual conquistadas pelas mulheres». Passaram a ter acesso aos mesmos serviços de acompanhamento e convívio íntimo que já tinham os homens. A motivação é simples: «A maioria das clientes envolve-se com estes rapazes por mera curiosidade», sustenta Barra da Costa. «Para elas, é sinónimo de modernidade».
De acordo com o seu estudo, os prostitutos deixam a actividade mais cedo do que as suas congéneres. Os rapazes «não ultrapassam os 40 anos no activo, enquanto existem mulheres a exercer até aos 64». Os gigolôs atingem o auge profissional aos 20 ou 25 anos, registando-se um declínio entre os 30 e os 39. Quanto ao estado civil destes homens que andam «na vida», os solteiros constituem a maioria (76%), seguidos dos divorciados (10%), dos separados (8%) e dos que vivem em união de facto (6%).

 

 

     

 

O brasileiro Alex em pose numa pensão do Porto. Embora possua um guarda-roupa esmerado, para a sessão fotográfica usa um fato do Maria Gonzaga Guarda-Roupa